

SOBRE O PROJETO
Em uma época que não havia internet e a televisão não estava presente em todos os lares, o circo era uma espécie de YouTube para as comunidades, pois era através dele que tinham seu primeiro contato com as artes. Além disso, o picadeiro era um palco importante para artistas da música e do teatro conquistarem fama nacional.
Hoje, os melodramas, as apresentações musicais e os números com animais não fazem mais parte do espetáculo, mas a força ancestral do circo continua a encantar as mais diferentes pessoas e famílias, seja pela gag do palhaço, a destreza do acrobata, a ilusão do mágico ou o desafio do motociclista no Globo da Morte.
No picadeiro, diante do público, pais, mães, filhos, avós, netos, tios e sobrinhos se unem para dar vida ao espetáculo, compartilhando aquilo que há de mais precioso em seu DNA familiar com outras famílias. A arte circense se revela como uma grande árvore genealógica, cultivada por famílias de espírito nômade e mambembe que enfrentam inúmeros desafios para continuar colorindo a geografia brasileira.
“Circo de família, a arte da resistência”, nova exposição do fotógrafo e fotojornalista Guilherme Baffi, mapeia parte dessa árvore genealógica, em contato com circos familiares que circulam por cidades do interior paulista e que até têm sua própria raiz no interior paulista. Arte, tradição e ancestralidade são contempladas em cada imagem que compõe essa homenagem às famílias circenses, aos circos de família.
O projeto, que vai circular pelas cidades de São José do Rio Preto, Bálsamo, Mirassol e Votuporanga, é uma realização da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, por meio do Proac ICMS, com apoio da Tereos e patrocínio das empresas Kodilar, Mar e Rio Pescados, Itamarati e Soquímica Laboratórios.